PLANISFÉRIO PESSOAL
Durante todo o tempo em que estive em viagem pensei em colocar um agradecimento. Ao Gonçalo Cadilhe pelo seu livro "Planisfério Pessoal". Graças aos relatos, que tinha acompanhado parcialmente no Expresso, pude antecipar o sentimento de solidão que atinge o viajante ao fim das primeiras semanas. Num quarto ranhoso, nos confins do Pará, lembrei-me que a vontade de atirar com tudo ao ar e voltar para o quentinho (neste caso, fresquinho...) era natural e acontecia a todos. Também foi por ele que cheguei ao Lonely Planet que me foi da maior utilidade (com as respectivas falhas e interpretações americanas sobre o que é um "hotel de charme", claro).
E também me fez acreditar de que seria capaz de atravessar com muito pouco dinheiro um país do tamanho de um continente.
Mas o mais importante foi a velha dica de que o mais importante são as pessoas.
O resultado foi uma mala cheia de amigos e de recordações de conversas em volta de uma cerveja ou de um prato de "frango à passarinho".
Quando ele deixar de estar na moda e as meninas da Sic e das revistas passarem à novidade seguinte, ele que guarde o agradecimento deste leitor regressado.
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